A doença de Parkinson é uma condição neurológica degenerativa crônica que afeta principalmente o sistema motor. Ela ocorre devido à morte progressiva de neurônios produtores de dopamina em uma região do cérebro chamada substância negra. Essa perda resulta em sintomas característicos, como tremores em repouso, rigidez muscular, bradicinesia (lentidão dos movimentos) e instabilidade postural.
Além dos sintomas motores, muitos pacientes apresentam manifestações não motoras, como alterações no sono, depressão, ansiedade, constipação, problemas cognitivos e perda do olfato. Esses sintomas podem impactar significativamente a qualidade de vida e exigem uma abordagem multidisciplinar.
Embora a causa exata do Parkinson não seja completamente compreendida, acredita-se que uma combinação de fatores genéticos e ambientais esteja envolvida. O diagnóstico é clínico e se baseia nos sintomas apresentados, embora exames complementares possam ser utilizados para excluir outras condições.
Além da medicação, como a levodopa, que ajuda a repor a dopamina, a fisioterapia desempenha um papel essencial no tratamento da doença de Parkinson. Essa abordagem foca em preservar a mobilidade, melhorar o equilíbrio, fortalecer a musculatura e corrigir alterações posturais. A reeducação da marcha é um dos pilares, com técnicas que promovem passos mais amplos, evitam quedas e minimizam a “congelação” dos movimentos. Exercícios específicos são utilizados para reduzir a rigidez muscular e aumentar a amplitude de movimento, contribuindo para a funcionalidade e a independência do paciente. O acompanhamento fisioterapêutico regular é indispensável para melhorar a qualidade de vida e retardar a progressão dos sintomas motores.
Dica de exercício
Caminhe em linha reta, focando em passos amplos e postura ereta. Utilize estímulos visuais (linhas no chão) ou auditivos (música com ritmo constante). Pratique caminhar em ziguezague, alternando direções com cuidado e equilíbrio.
Convivo com o Parkinson há anos, mas foi apenas há alguns meses que me convenci a iniciar a fisioterapia. Hoje, percebo o impacto positivo que ela tem na minha qualidade de vida e o quanto fez diferença no meu bem-estar.
A fisioterapia me trouxe o ânimo que eu precisava para enfrentar e lidar melhor com essa doença.