A lesão de Bankart é uma condição que ocorre quando o lábio glenoidal, uma estrutura fibrocartilaginosa que circunda a glenoide do ombro, é rompido devido a um deslocamento da articulação. Essa lesão é mais comum após episódios de luxação anterior do ombro, principalmente em pessoas jovens e atletas que realizam movimentos repetitivos acima da cabeça, como nadadores, jogadores de vôlei e tenistas. O lábio glenoidal atua como um estabilizador, e sua ruptura pode comprometer a estabilidade do ombro, facilitando novas luxações.
Os sintomas da lesão incluem dor, sensação de instabilidade, limitação nos movimentos e episódios recorrentes de deslocamento da articulação. A confirmação diagnóstica é feita por meio de exames de imagem, como ressonância magnética, que permite avaliar a integridade do lábio e outras estruturas envolvidas.
O tratamento pode ser conservador ou cirúrgico, dependendo do grau de instabilidade e da frequência de episódios de luxação. A abordagem conservadora inclui fisioterapia, com foco em fortalecimento dos músculos do manguito rotador e da escápula, além de exercícios proprioceptivos para melhorar a estabilidade articular. Quando o tratamento não cirúrgico não é suficiente, pode ser indicada a cirurgia de reparo artroscópico para reanexar o lábio glenoidal à glenoide.
Após a cirurgia, a reabilitação fisioterapêutica é fundamental para restaurar a mobilidade e fortalecer a articulação. O tempo de recuperação varia, mas geralmente são necessários de três a seis meses de tratamento até que o paciente recupere completamente a função do ombro e retome as atividades esportivas ou ocupacionais.
Muito comum em atletas de raquete.