A displasia de quadril é uma condição caracterizada pelo subdesenvolvimento da articulação do quadril, onde o acetábulo (cavidade do quadril) não se forma adequadamente, resultando em um encaixe deficiente com a cabeça do fêmur. Esse problema afeta a estabilidade articular e pode levar a complicações como dor, desgaste precoce e artrose, especialmente se não for tratado precocemente.
A condição é geralmente diagnosticada na infância, especialmente em recém-nascidos, por meio de exames clínicos, como os testes de Ortolani e Barlow, complementados por ultrassom ou radiografias. Nos casos mais leves, o subdesenvolvimento pode passar despercebido até a adolescência ou idade adulta, quando surgem sintomas como dor na virilha, sensação de estalos e limitação de movimentos.
O tratamento foca em corrigir o alinhamento e estimular o desenvolvimento adequado da articulação. Em bebês, dispositivos como a órtese de Pavlik são utilizados para posicionar a cabeça do fêmur no acetábulo e favorecer sua formação. Em casos mais graves, especialmente em adultos, pode ser necessária intervenção cirúrgica, como osteotomias ou até artroplastia de quadril.
A fisioterapia é essencial em todas as fases do tratamento, contribuindo para fortalecer os músculos ao redor do quadril, melhorar a mobilidade articular e prevenir complicações. O diagnóstico e intervenção precoces são determinantes para um bom prognóstico e qualidade de vida futura.
Dica de exercício
Deite-se de lado com as pernas estendidas e eleve a perna de cima sem girar o quadril. Esse exercício ajuda a estabilizar a articulação. Realizar 10 vezes de cada lado.
A fisioterapia me manteve ativa por anos, mesmo convivendo com displasia. Infelizmente, após uma queda, precisei colocar uma prótese. Para minha surpresa, a adaptação tem sido melhor do que eu esperava, sempre contando com o apoio dedicado da equipe do Schneider.