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Diferença no Tamanho das Pernas: A Importância de uma Avaliação Fisioterapêutica

Ter uma perna mais comprida que a outra, conhecida como discrepância de comprimento dos membros inferiores, é uma condição relativamente comum que pode afetar o alinhamento do corpo e causar desconforto ou dor. Essa diferença, que pode ser estrutural (ossos de tamanhos diferentes) ou funcional (postura ou desequilíbrios musculares), muitas vezes resulta em alterações na postura, sobrecarga de algumas articulações e até problemas como dor nas costas, quadris, joelhos e tornozelos.

A primeira etapa é identificar a causa e o grau da discrepância. Para isso, uma avaliação adequada feita por um fisioterapeuta é essencial. O profissional poderá determinar se a diferença é estrutural ou funcional e indicar a melhor abordagem. Em casos de diferenças pequenas, até 2 cm, a solução pode incluir o uso de palmilhas ou compensações dentro do calçado para equilibrar o comprimento dos membros. Essa medida simples ajuda a distribuir a carga de forma mais uniforme, prevenindo dores e lesões futuras.

Quando a diferença é mais significativa, a fisioterapia desempenha um papel fundamental no tratamento. O fisioterapeuta pode prescrever exercícios específicos para corrigir desequilíbrios musculares, melhorar a postura e evitar que a diferença no comprimento das pernas cause compensações que possam sobrecarregar articulações. O fortalecimento dos músculos, principalmente de quadris e tronco, é importante para proporcionar uma melhor estabilização do corpo e reduzir o impacto das atividades do dia a dia. Além disso, técnicas de alongamento e mobilização podem ser utilizadas para melhorar a flexibilidade e promover uma melhor simetria nos movimentos.

Em casos de discrepâncias maiores, pode ser necessária uma abordagem multidisciplinar, envolvendo também ortopedistas para avaliar a necessidade de intervenções mais específicas, como cirurgias corretivas. No entanto, em muitos casos, a fisioterapia é eficaz em aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida, garantindo que as atividades diárias sejam realizadas com mais conforto e menor risco de lesões.

Dica de exercício

Em posição de afundo, avance uma perna e deixe a outra esticada para trás, apoiada no joelho. Incline o tronco levemente à frente, sentindo o alongamento na parte frontal do quadril. Segure por 15 segundos de cada lado. Repetir 5 vezes.

Luiz Schneider

Luiz Carlos Schneider Junior (CREFITO 121.248-F) atuou nos Hospitais Mãe de Deus, Santa Casa de Misericórdia e Instituto de Cardiologia, com mais de 15 anos de experiência em reabilitação domiciliar

Este post tem 2 comentários

  1. Pedro

    Eu não sabia dessas informações; pensava que apenas em casos acima de 2 cm se consideraria o uso de palmilha. Gostei do conteúdo, Luiz.

  2. Ari

    A palmilha pode ajudar, mas é a fisioterapia que realmente corrige o problema.

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