O fortalecimento da musculatura facial desempenha um papel essencial na reabilitação da disfagia, uma condição que causa dificuldade para engolir alimentos e líquidos. Essa dificuldade pode surgir devido a diversas causas, como AVC, doenças neuromusculares, envelhecimento e cirurgias na região da cabeça e pescoço. A musculatura da face, da língua e da garganta precisa trabalhar em harmonia para garantir uma deglutição segura e eficiente. Quando esses músculos estão enfraquecidos, o paciente pode apresentar escape de alimentos pela boca, dificuldade para formar o bolo alimentar e maior risco de aspiração.
O fortalecimento dessa musculatura melhora o selamento labial, reduzindo o escape de líquidos e alimentos, aprimora a mobilidade da língua, facilitando a formação e transporte do bolo alimentar, e aumenta a força das bochechas, ajudando no direcionamento do alimento dentro da boca. Além disso, favorece o controle do reflexo de deglutição, diminuindo o risco de engasgos e aspiração.
Os exercícios são fundamentais nesse processo. O fisioterapeuta ou fonoaudiólogo pode recomendar atividades específicas, como pressionar os lábios contra uma espátula ou fazer biquinhos para fortalecer o selamento, empurrar a língua contra o céu da boca para estimular sua mobilidade e encher a boca de ar, segurando-o para fortalecer as bochechas. Outra técnica eficiente é a deglutição forçada, que consiste em engolir com maior esforço para ativar os músculos da garganta.
Além dos exercícios, outras abordagens podem ser utilizadas para potencializar os resultados. A eletroestimulação neuromuscular auxilia na ativação dos músculos enfraquecidos, enquanto técnicas de massagem e mobilização ajudam a melhorar a sensibilidade e a função muscular. Ajustes na consistência dos alimentos também são indicados para garantir maior segurança na alimentação durante o processo de reabilitação.
O fortalecimento da musculatura facial é essencial para recuperar a função da deglutição, proporcionando mais independência na alimentação e melhor qualidade de vida. O acompanhamento com profissionais especializados, como fisioterapeutas e fonoaudiólogos, garante um tratamento personalizado e mais eficaz, respeitando as necessidades de cada paciente.
Dica de exercício
Encher a boca de ar e segurá-lo por 10 segundos. Repetir 5 vezes.
Acredito que esses exercícios são importantes mesmo para idosos sem disfagia, pois ajudam na prevenção e manutenção da função da deglutição.
Fui diagnosticado com disfagia e iniciei o tratamento com o Luiz. Em pouco tempo, as aspirações foram controladas, e até hoje continuo praticando os exercícios prescritos.
A tosse após engolir líquidos pode ser um sinal de microaspirações. Luiz me chamou a atenção para esse quadro, e, já realizando fisioterapia com ele, comecei a incluir exercícios de mastigação na minha rotina.